sexta-feira, 31 de março de 2017



Na hora mais amarga
Ela é assim. Chega quando se está no auge da alegria, quando os planos são muitos e se espera o jamais alcançado.
Chega e derruba sonhos, destrói prazeres idealizados, consome de dor os que permanecem.
Conta à atriz Helen Hayes a sua inconformação com a morte de sua filha, de apenas dezenove anos de idade, levada por um ataque de poliomielite.
Por quê? – Gritava seu coração. Minha filha era jovem e inocente, por que razão ser levada desta forma, às vésperas de sua estreia na carreira teatral, em nova Iorque?
Ela própria, envolta em luto, abandonou a carreira artística. Como poderia criar beleza nos palcos, se estava morta por dentro?
Passou a recusar compromissos sociais e profissionais, limitando-se a receber as pessoas mais íntimas da família.
Tentou encontrar Deus, na literatura. Leu São Tomás de Aquino, a vida e a obra de Gandhi, a Bíblia.
Tudo, porém, sem êxito algum. Sua filha estava morta e ela só conseguia ver sombras espessas no mundo, na sua vida.
Mas, Deus tem formas estranhas de informar da Sua existência e socorrer Seus filhos.
Então, um tal Isaac Frantz começou a telefonar, diariamente, para sua casa, tentando lhe falar. Helen jamais o atendeu.
Finalmente, como ele não desistisse, ela concordou em recebê-lo em sua casa. Ele chegou, com a esposa.
E foi no início do diálogo que a atriz entendeu o motivo da visita do casal.
A ideia fora do senhor Isaac, inclusive, sem o conhecimento da esposa, que ficara apavorada ao saber do compromisso.
Contudo, comparecera, considerando que o marido tivera tanta dificuldade para marcar aquele encontro.
O que surpreendeu Helen foi a espontaneidade com que a visitante começou a falar do filho, desencarnado, há pouco tempo, vítima de paralisia infantil.
Subitamente, percebeu que ela mesma estava mencionando o nome de sua filha, o que não havia feito desde a sua morte.
E isso, emocionalmente, aliviara o seu coração. Entretanto, o que a escandalizou foi ouvir a visitante lhe dizer que tinha intenção de adotar um órfão de Israel.
A senhora Frantz, delicadamente, lhe disse: A senhora está pensando que esse órfão irá tomar o lugar do meu filho?
Isso jamais poderá acontecer. No entanto, ainda há amor no meu coração e não desejo que esse sentimento se perca por falta de uso.
Não posso morrer, emocionalmente, porque meu filho morreu biologicamente. Não devo amar menos por ter desaparecido fisicamente o afeto do coração. Devo amar ainda mais, porque o meu coração conhece o sofrimento dos que perderam o seu ente querido.
Quando o casal se despediu, concluída a visita, Helen compreendeu porque não encontrara Deus anteriormente.
É que ele, o Deus amor, não está nas páginas de um livro. Ele reside no coração humano.
Também reconheceu que Deus a ninguém privilegia. Pessoas famosas ou quase anônimas, todas são iguais, perante o Seu amor e a Sua justiça.
*   *   *
Na hora mais amarga, serão a resignação dinâmica e a busca de Deus que poderão aplacar a dor e estabelecer novas diretrizes para a continuidade da vida.
Afinal, a aurora se faz extraordinária, explodindo em cores, a cada dia. E nos convida a amar, a não permitir que esse sentimento seque em nossa intimidade.
Porque Deus é amor, por amor nos criou e nos sustenta.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
 
Desencarnação de um ente querido, de José Couto Ferraz, da
Revista Presença Espírita nº 317, de novembro/dezembro 2016,
 ed. LEAL.
Em 10.3.2017.
MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO


Aborrecimentos
Nada mais comum, nas atividades terrenas, do que o hábito enraizado das querelas, dos desentendimentos, das chateações.
Nada mais corriqueiro entre os indivíduos humanos.
Como um campo de meninos, em que cada gesto, cada nota, cada menção se torna um bom motivo para contendas e mal-entendidos, também na sociedade dos adultos o mesmo fenômeno ocorre.
Mais do que compreensível é que você, semelhante a um menino de pavio curto, libere adrenalina nos episódios cotidianos que desafiem a sua estabilidade emocional.
Compreensível que se agite, que se irrite, que alteie a voz, que afivele ao rosto expressões feias de diversos matizes.
Em virtude do nível do seu mundo íntimo, tudo isso é possível de acontecer.
Contudo, você não veio à Terra para fixar deficiências, mas para tratá-las, cultivando a saúde.
Você não se acha no mundo para submeter-se aos impulsos irracionais, mas para fazê-los amadurecer para os campos da razão lúcida.
Você não nasceu para se deixar levar pelo destempero, pela irritação que desarticula o equilíbrio, mas tem o dever de educar-se, porque tem na pauta da sua vida o compromisso de cooperar com Deus, à medida que cresça, que amadureça, que se enobreça.
Desse modo, os seus aborrecimentos diários, embora sejam admissíveis em almas infantis e destemperadas, já começam a provocar ruídos infelizes, desconcertantes e indesejáveis, nas almas que se encontram no mundo para dar conta de compromissos abençoados com Jesus Cristo e com Seus prepostos.
Assim, observe-se. Conheça-se no aprendizado do bem, um pouco mais. Esforce-se por melhorar-se.
Resista um pouco mais aos impulsos da fera que ainda ronda as suas experiências íntimas.
Aproxime-se um pouco mais dos Benfeitores Espirituais que o amparam.
Perante as perturbações alheias, aprenda a analisar e não repetir.
Diante da rebeldia de alguém, analise e retire a lição para que não faça o mesmo.
Notando a explosão violenta de alguém, reflita nas consequências danosas, a fim de não fazer o mesmo.
Cada esforço que você fizer por melhorar-se, por educar-se, será secundado pela ajuda de luminosos Imortais que estão, em todo tempo, investindo no seu progresso, para que, pouco a pouco, mas sempre, você cresça e se ilumine, fazendo-se vitorioso cooperador com Deus, tendo superado a si mesmo, transformando suas noites morais em radiosas manhãs de perene formosura.
*   *   *
Quando você for visitado por uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponha-se a ela.
E, quando houver conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, diga, de si para consigo, cheio de justa satisfação: Fui o mais forte.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 13 do livro
Para uso diário, pelo Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira,
ed. Fráter.

Em 06.12.2010.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO


quinta-feira, 30 de março de 2017

PRECES PAGAS
Jesus foi claro no passado, quando recomendou aos seus discípulos para se precaverem dos escribas, que se exibiam a passear com longas túnicas, e que gostavam de serem saudados em praças públicas, e que ocupavam os primeiros lugares nas sinagogas  e nos festins. Que se cuidassem com estes elementos que proferiam longas preces, com a intenção de devorarem as casas das viúvas, onde abocanhavam as suas fortunas, e alertou que estas pessoas viriam no futuro receber penas mais profundas. Tudo isto foi extraído do pronunciamento de São Lucas no capitulo XX, versículo de 45 a 47, e de São Marcos no capítulo XII, versículo de 38 a 40, e de São Mateus no capitulo XXIII, versículo 14.
 Analisando as palavras do Cristo, achamos inicialmente que Ele quis dizer para eles, para que não cobrassem nada daquilo que viessem a executar, porque a prece vem a ser um ato de caridade e um êxtase do coração. Orar representando alguém e cobrar algo, vem a se transformar em um assalariado. A prece feita dessa maneira fica sendo uma formula cujo
cumprimento se proporciona à soma que custe. Deus não mede a prece pela quantidade de palavras e nem pela soma paga. Perguntamos como fica para aquele que não pode pagar? Isto será falta de caridade, onde apenas uma palavra somente basta Deus me ajude, porque dizê-las em excesso e cobrá-las?
Isto realmente esta errado, porque Deus não vende seus benefícios, e sendo assim qual a garantia que aquele que a vende da às pessoas que alcançarão seus pedidos?
Se Deus leva-se em consideração a quantia paga, onde estaria a sua bondade, a sua justiça e onde estaria a sua misericórdia? Deus não delega poderes a criaturas imperfeitas, principalmente para pessoas que vendem a sua palavra e leis. A justiça de Deus é para todos, seja ela quem for, Ele não estabelece preço algum. Para cobrarmos teríamos que comprá-la do Pai Maior.
Ainda quanto às preces pagas, ela acaba ferindo a pessoa que paga, porque ela se considera isenta por ter dado dinheiro. Eu acho que quem paga para que outros façam as preces por si, é porque não tem moral para proferi-las. Pois ela vem a ser uma conversa com Ele, e Ele sabe tudo o que precisamos, mais quer ver a nossa humildade, e não imposição como alguns querem. As preces também são medidas a altura dos nossos merecimentos.
Pagar significa reduzir a eficácia da prece ao valor de uma moeda em curso.
No meu ponto de vista, nossa terra esta precisando de novos enviados de Deus, porque aqui esta virando comercio a palavra Dele. Veja no passado São Marcos conta no capitulo XI, versículo de 15 a 18, e São Mateus no capitulo XXI, versículo de 12 a 13, que Jesus expulsou do templo os mercadores, condenando assim o trafico das coisas santas. Fez isto baseado naquilo que dissemos que Deus não vende a sua benção, nem o seu perdão e nem a entrada no Seu Reino, onde o homem não tem o direito de estipular preços.
Portanto irmãos, vamos tomar cuidado com as preces pagas, elas diante de Deus não tem valor e sim a nossa feita com humildade, pedindo e sabendo agradecer.

Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.

Meu blogger:getuliomomentoespirita.blogspot.com

quarta-feira, 29 de março de 2017

O MUNDO DE HOJE
Hoje em dia os seres humanos acabam enfrentando vários problemas com relação a sua família, e sua vida afetiva.
Parece que apatia caiu sobre cada um, onde boa parte dos irmãos não se entendem, e não se veem mesmo morando um perto do outro, onde apenas alguns mantêm o bom relacionamento.
A humanidade esta esquecendo uma palavrinha muito usada no passado chamada de diálogo, ou seja, aparar as arestas, conversar e procurar soluções benéficas para todos.
Dentro do diálogo é que podemos estabelecer a troca de ideias, e dissipar os maus entendidos.
Às vezes temos a tolerância com pessoas fora da nossa família, mas os de dentro não temos esta paciência, procurando acima de tudo desfazer os maus entendidos que às vezes se formam. São às vezes as deduções precipitadas, resultados de más influências, de maus entendidos.
Falamos às vezes com a voz exaltada, onde despachamos tudo o que estava entalado na garganta, sem procurarmos primeiro ouvir o por que das coisas, aonde isto não vem a ser diálogo, e sim desabafo.
Em outras ocasiões chamamos os parentes para conversarmos, e acabamos dando ordens e instruções e nos invadimos, e acabamos nos impondo.
Devemos sempre lembrar que na vida tem o seu por que, e é isto que devemos primeiramente perguntar, disto ou daquilo, onde cada um tem o direito de falar e escutar dentro de uma alternância e sem exaltar.
O importante do diálogo é atingirmos os nossos objetivos, e que tudo funcione dentre de uma serenidade e compreensão.
Legal também será que quando formos abordar um problema, possamos começar falando dos acertos e virtudes da pessoa antes de falar dos seus equívocos. Outra coisa importante é procuramos ouvir o seu ponto de vista, e depois nos colocarmos no seu lugar para vermos o que faríamos, para facilitar a nossa opinião.
Podemos dar um exemplo, se o nosso filho tirou uma nota acima de cinco e não conseguiu o dez, devemos primeiramente elogiar as cinco questões que ele acertou, e dizer-lhe que na próxima ele poderá melhorar se ele se esforçar mais.
Vamos primeiramente reforçar os pontos positivos sempre destacando, para depois falarmos aqueles que podem ser modificados. Mas o importante é não querer que o mesmo seja prodígio se não o é, pois nesta terra são poucos, e na vida nem todos vieram para serem doutores.
Uma coisa é certa, se colocarmos em pratica o diálogo, possivelmente teremos em nossas vidas um relacionamento bem melhor e mais tranquilo, onde cada um poderá mais tarde procurar com isso a harmonia tão almejada e desejada por todos.



Mensagem escrita pelo Médium Getulio Pacheco Quadrado.
Meu blogger: getuliomomentoespirita.blogspot.com
Meu email: getulicao@hotmail.com


domingo, 26 de março de 2017

 
 A VIDA É UMA DANÇA

Quando uma porta se fecha, outra se abre; quando um caminho termina, outro começa... nada é estático no Universo, tudo se move sem parar e tudo se transforma sempre para melhor.
 Habitue-se a pensar desta forma: tudo que chega é bom, tudo que parte também. É a dança da vida... dance-a da forma como se apresentar, sem apego ou resistência.
Não se apavore com as doenças... elas são despertadores, têm a missão de nos acordar. De outra forma permaneceríamos distraídos com as seduções do mundo material, esquecidos do que viemos fazer neste planeta. O Universo nos mandou aqui para coisas mais importantes do que comer, dormir, pagar contas…
Viemos para realizar o Divino em nós. Toda inércia é um desserviço à obra Divina. Há um mundo a ser transformado, seu papel é contribuir para deixá-lo melhor do que você o encontrou. Recursos para isso você tem, só falta a vontade de servir a Deus servindo aos homens.
 Não diga que as pessoas são difíceis e que convivência entre seres humanos é impossível. Todos estão se esforçando para cumprir bem a missão que lhes foi confiada. Se você já anda mais firme, tenha paciência com os seus companheiros de jornada. Embora os caminhos sejam diferentes estamos todos seguindo na mesma direção, em busca da mesma luz.
 E sempre que a impaciência ameaçar a sua boa vontade com o caminhar de um semelhante, faça o exercício da compaixão. Ele vai ajudá-lo a perceber que na verdade ninguém está atrapalhando o seu caminho nem querendo lhe fazer nenhum mal, está apenas tentando ser feliz, assim como você.
 Quando nos colocamos no lugar do outro, algo muito mágico acontece dentro de nós: o coração se abre, a generosidade se instala dentro dele e nasce a partir daí uma enorme compreensão acerca do propósito maior da existência, que é a prática do amor. Quando olhamos uma pessoa com os olhos do coração, percebemos o parentesco de nossas almas.
 Somos uma só energia, juntos formamos um imenso tecido de luz. Não existem as distâncias físicas. A Física Quântica já provou que é tudo uma ilusão. Estamos interligados por fios invisíveis que nos conectam ao Criador da Vida. A minha tristeza contamina o bem-estar do meu vizinho, assim como a minha alegria entusiasma alguém do outro lado do mundo. É impossível ferir alguém sem ser ferido também, lembre-se disso.
 O exercício diário da compaixão faz de nós seres humanos de primeira classe.

ANDRÉ LUIZ, PSICOGRAFIA DE CHICO XAVIER.

MENSAGEM COMPATILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO.

sábado, 25 de março de 2017

Idosos em nossas vidas

Neste mundo, nascemos da união de um homem e de uma mulher. Pressupomos que Deus planejou devêssemos fazer parte de uma família.
Na atualidade, temos inúmeros moldes de família. Daí aprendermos que, onde convivam pessoas, formando um grupo afim, temos uma família.
Nos estudos sociais, a família é tida como um grupo enraizado na sociedade, o que lhe delega responsabilidades sociais.
A Constituição Federal de 1988 apresenta a família como base da sociedade, e coloca como dever dela, da Sociedade e do Estado amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito à vida.
Nas últimas décadas, a população idosa vem crescendo muito, em nosso país.
Face a esta constatação, e percebendo a presença cada vez mais frequente dos idosos em nossas vidas, cabe nos perguntarmos como tem sido nossa postura diante deles.
Quantas vezes, vemos, mas não identificamos no seu andar vagaroso, na sua voz baixa, em suas mãos trêmulas, um pedido para serem aceitos, amados e atendidos.
Não notamos que a família talvez seja tudo o que eles ainda têm, e isso guarda um significado máximo para eles.
Mudar a sociedade é muito difícil, mas podemos mudar a nossa forma de tratar os idosos da nossa família ou parentela.
Aprendemos que o homem tem o direito de repousar na velhice, quando lhe faltam a força, a saúde e a disposição.
O mandamento Divino: “Honrar a vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama seu pai e a sua mãe.
Honrar a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância.
Quantas vezes no decorrer de nossas vidas, especialmente quando pequenos, nossos pais e avós, nos socorreram, nos sustentaram?
Em certa etapa da existência, os papéis invertem: eles precisam de nossos socorros, carinhos, sustento.
O que de melhor podemos fazer é ensinarmos nossas crianças e jovens, através de bons exemplos, a respeitarem e valorizarem os idosos, dentro e fora do lar.
Pequenos gestos de gentileza, no dia a dia, compreendendo os lapsos de memória, ouvindo com paciência suas histórias repetidas, mantendo a calma diante do raciocínio lento, são tesouros de amor que lhes doamos.
Visitas aos lares de idosos; alegrar suas vidas com um mimo de uso pessoal; um cântico entoado; uma música executada; um verso declamado, tudo é manifestação de carinho.
Assim, desde cedo, nossos pequenos aprenderão a conviver, respeitar e compreender aqueles que se encontram há muito tempo na caminhada da vida.
Não podemos mudar a sociedade, mas podemos espalhar: sementes de luz, na treva da solidão; de carinho, que anda escasso; de atenção, que permanece ausente; de amor, que florescerá!
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do item 3,
do cap. XIV, do livro 
O Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, ed. FEB.
Em 1.8.2015.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO




Gentileza contra o mal


Nestes dias em que passamos a ter medo de sair caminhando pelas ruas, medo de cruzar com desconhecidos, medo de responder a uma simples pergunta de outro motorista no trânsito, um exemplo a ser seguido se destaca:
Estava em uma rua movimentada de São Paulo, quando notei um homem mal-encarado vindo à minha direção.
Não sabia o que fazer, pois não dava tempo de desviar, de fugir, de mais nada. Então, fiz algo que surpreendeu até a mim mesmo.
Assim que ele se aproximou, estendi a mão, como se o conhecesse: "E aí, cara, está perdido por aqui?"
Ele se assustou, mas puxei assunto. O rapaz contou que havia saído da prisão e precisava de dinheiro para visitar a família.
Conversando, caminhamos uns vinte minutos. Perto do hotel em que eu estava hospedado, tirei a carteira e disse: "Esqueça o que passou. Sua vida começa agora. Dou cinquenta reais para você visitar sua família."
Ele viu que eu tinha mais dinheiro, mas não me ameaçou. Ao contrário, com os olhos cheios d´água, falou:
"Posso lhe dar um abraço? Nunca ninguém conversou comigo assim. Esse papo ajudou a tirar ideias erradas da minha cabeça."
A lição foi grande para mim também.
*   *   *
Um simples gesto de gentileza tem um poder que não podemos imaginar.
Uma gentileza sincera é um gesto de amor, e não há mal no mundo que resista ao carinho, à fraternidade.
Pessoas como essa da narrativa, que faliram em determinado momento da existência e tentam se reerguer, são muitas neste mundo.
Infelizmente são numerosas as forças e influências que as desejam manter no lodo. Porém, uma pequena ação altruísta, corajosa, pode mudar esse rumo desastroso.
As ideias erradas da cabeça precisam ser substituídas pelas novas chances, pelos braços abertos dos irmãos de existência a dizer, amorosos: Vamos em frente! Estamos com você! Bola pra frente!
Todos erramos e temos direito de querer acertar novamente. Deus nos dá esta chance a cada reencarnaçãoEntão, por que não damos novas oportunidades aos irmãos de vida na Terra?
O ódio no coração, carregado por muitos, durante tanto tempo, não consegue ser simplesmente arrancado. Ele somente pode ser substituído pelas ideias saudáveis, pelo amor, pela compreensão.
Figuremos um jarro com água turva. Para limpá-lo, basta que durante algum tempo, joguemos dentro dele água límpida sem cessar. O jarro transborda e a água lamacenta vai sendo trocada pela água clara.
É assim com nossos pensamentos. É assim com os nossos sentimentos.
Dessa forma, procuremos, sempre que possívelestender as mãos aos irmãos em desalento, sem medo, sem preconceitos.
Não nos preocupemos em demasia com nossa segurança. O amor é nosso escudo, nossa proteção.
No serviço do bem, contamos com outros que servem conosco, formando equipe segura e poderosa atuando no mundo em crescimento.
Não tenhamos medo. O amor está conosco.

Redação do Momento Espírita com base no cap. 13, do livro
Viver e amar, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 16.02.2012.
MENSAGEM COMPARTILHADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO



quinta-feira, 23 de março de 2017

Balanço de vida

O contato pessoal é muito importante, pois nada substitui o calor de um abraço, um olhar profundo de olhos nos olhos.
Assim, não deixe escapar a chance de sentir o calor de um aperto de mão, a agradável sensação de ouvir o coração do amigo batendo apressado, ante a emoção do reencontro.
Aproveite esses momentos, promova-os e viva-os em totalidade.
E, quando sair de casa, aproveite para observar o seu entorno. Deixe o aparelho eletrônico no bolso ou na bolsa.
Você está habituado a receber diariamente, via virtual, dezenas de imagens espetaculares, de lugares paradisíacos e com elas se extasia.
No entanto, você deixa de apreciar o jardim da sua casa, os canteiros da rua por onde transita.
Percebeu que uma rosa amarela desabrochou e derrama pétalas coloridas, atapetando o chão?
Notou que o vento da noite arrancou as folhas dos arbustos e preparou um delicado ninho de fofura sobre a grama?
Deu-se conta de que a árvore balança seus ramos, em saudação a você, que passa?
Sentiu como a ramagem exala delicado e característico perfume, em resposta ao fustigar da chuva da madrugada?
Se você está com amigos, desligue o celular, esqueça o Ipad, fique off-line.
E conecte-se, fique on-line com quem está com você. Olhos nos olhos, converse, ouça.
Já se disse que a voz humana é o mais excelente instrumento musical que existe sobre a Terra. Sirva-se dele como quem dedilha as cordas ou acaricia um teclado.
Ouça e grave, na acústica da alma, a voz dos seus amigos, cada qual com seu timbre particular.
Ouça o que dizem. Eles poderão narrar detalhes da viagem fantástica, que realizaram há pouco e você compartilhará do seu entusiasmo.
Ou, quem sabe, lhes ouvirá o relato das dores que os abraçam e lhes poderá enxugar algumas lágrimas.
Um dia, quando a solidão o envolver, você poderá fechar os olhos, acionar as lembranças e ouvir o cristalino som do riso ou o balbuciar de um soluço.
Isso é viver, conviver.
Pense nisso. Analise. E ponha em prática, hoje ainda. Telefone. (Não mande um torpedo nem digite uma mensagem). Telefone e combine uma saída com seus amigos, com seus primos, sobrinhos.
Delicie-se com os sorrisos, com a companhia. Depois, repita isso várias outras vezes, plenificando-se de felicidades, sentindo a irresistível vontade de reprisar as mesmas e salutares emoções, que alimentam a alma e alegram as horas.
Redação do Momento Espírita.
Mensagem divulgada pelo médium Getulio Pacheco Quadrado


quarta-feira, 22 de março de 2017

A SABEDORIA DE ENVELHECER

Descrição: íconeA sabedoria de envelhecer

Ele é um homem com mais de oitenta anos. Forte. Daqueles bons italianos.
Um exemplo de saber envelhecer. Ele já se deu conta, há muito tempo, que o vigor da juventude o deixou.
Mas, isso não quer dizer que se acomodou. Faz tudo o que o corpo ainda lhe permite.
Até há pouco tempo, dirigia seu carro e, em determinadas épocas, tomava da esposa, dizia Inté para os filhos e netos e saía a viajar.
De cada vez, um local diferente.
Vamos conhecer tal lugar? - Perguntava para a esposa, cuja idade beira a dele.
Quer dizer, perguntava por perguntar, porque a senhora, também disposta, sempre concordava.
Fechavam o apartamento e lá iam para uma estância, uma estação de águas, um hotel fazenda.
Há pouco, completaram suas bodas de ouro e os filhos promoveram uma grande festa.
Ele compareceu no mais belo e alinhado terno, bigodes aparados, cabelo branco bem penteado e a seriedade, disfarçando a emoção.
Ela, num lindo vestido longo, azul turquesa, encantando os olhos dele, como se fossem os anos primeiros de convivência.
Recentemente, amigos de Ideal Espírita decidiram por prestar-lhe homenagem, pelos anos de dedicação à causa. Pelo seu pioneirismo, alçando a bandeira da Doutrina Espírita em terras onde apenas despontava tímida.
De imediato, sua memória e sua ética foram ativadas.
Por que eu? Antes de mim, houve quem fizesse muito mais do que eu. E melhor.
E recordou do amigo, por cujas mãos conheceu a Doutrina Espírita. E esteve presente para a entrega da homenagem. Naturalmente, ele também foi homenageado.
Emocionado, agradeceu, dizendo não merecer porque, dizia, da Doutrina Espírita recebera o melhor. Ele era, portanto, um devedor.
E, incentivou à juventude, aos atuais trabalhadores a continuarem no bendito labor da divulgação, espalhando luzes, aclarando mentes e corações.
Comoveu a todos.
Simples, embora detentor de considerável patrimônio e posses abraça com vigor os amigos.
Faz questão de um bom papo, embora a dificuldade, por vezes, para ouvir. Mas, ele ajusta o seu aparelho para a surdez e participa.
Não tem vergonha de tornar a perguntar, quando não entende.
Sábio, não fala se não tem certeza de ter bem entendido a pergunta.
Sabe calar-se quando muitos falam ao mesmo tempo, dificultando-lhe a captação das palavras.
Ainda guarda um ar de maroto, por vezes, mostrando que o viço infantil não morreu em sua intimidade.
Assim, outro dia, em pleno café da manhã com amigos, quando todos já haviam terminado a refeição e se entretinham a mesa, conversando, ele tomou de uma faca e a introduziu no pote de doce de leite.
Trouxe-a com a ponta carregada do precioso doce. Olhou para a esposa, exatamente como criança que sabe que o que vai fazer está errado, e lambeu-a, com prazer.
Todos riram. Ele também. Havia acabado de fazer uma peraltice bem própria de criança.
Mas, afinal, quando envelhecemos com sabedoria, somos assim.
Maduros no agir, jovens no pensar, crianças para o prazer de viver intensamente cada dia.
*   *   *
Pessoas frívolas, que somente valorizam o exterior, temem envelhecer.
Pessoas ponderadas envelhecem sorrindo. Sabem que o vigor da juventude é passageira e aproveitam a madureza dos anos para semear sabedoria e colher venturas.
Venturas por ter educado filhos para o bem e para o amor. Por ter cultivado o afeto no matrimônio. Por ter construído amizades sólidas, independentes de idade, raça, cor, nível social.
Aprendamos com quem sabe envelhecer!

Redação do Momento Espírita, em homenagem a Antônio Savaris.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 13 e no
livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP.
Em 14.1.2014.

MENSAGEM DIVULGADA PELO MÉDIUM GETULIO PACHECO QUADRADO