segunda-feira, 28 de agosto de 2017

VIDA DE ISOLAMENTO. VOTO DE SILÊNCIO.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS. CAPÍTULO VII. LEI DE SOCIEDADE.
VIDA DE ISOLAMENTO. VOTO DE SILÊNCIO.

É considerada como satisfação egoísta e condenável, a vida de isolamento absoluto mesmo que a vida social esteja nas leis da Natureza e nos gostos naturais, mesmo que os seres humanos possam encontrar nela a satisfação.  Como exemplo é dado aos seres humanos que encontram a satisfação na embriaguez; Deus não pode considerar agradável uma vida em que o ser humano que se condena a não ser útil a ninguém.
Também é considerado duplo egoísmo, os seres humanos que vivem em reclusão absoluta para fugirem ao contato pernicioso do mundo.
Não é meritório o retraimento que tem por fim uma expiação com a imposição de penosa renúncia, porque a melhor expiação vem a ser aquela em se fazer maior bem do que o mal. Porém às vezes o ser humano mesmo evitando o mal, acaba caindo em outro, pois esquece a lei de amor e caridade.
Já os que fogem do mundo para se devotarem ao amparo dos infelizes, acabam se elevando ao se rebaixarem. Têm com isso o duplo mérito de se colocarem acima dos prazeres materiais e de fazerem o bem pelo cumprimento da lei do trabalho.
Não é considerado como retiro absoluto do egoísmo os que procuram no retiro a tranquilidade necessária a certos trabalhos. Eles não se isolam da sociedade, pois trabalham para ela.
Deus condena abuso e não uso das faculdades por Ele concedidas, no caso do voto de silêncio prescrito por algumas seitas desde a mais alta Antiguidade. Porque o voto de silêncio nada edifica, e acaba impedindo a comunicação entre os indivíduos. Se Deus quisesse silenciar as criaturas pensantes, não lhes teria concedido esse dinâmico atributo.
O silêncio é útil quando o ser se recolhe espiritualmente, porque acabam obtendo a tranquilidade de se comunicarem com Deus de uma forma melhor.
Comentário de Kardec: O voto de silêncio absoluto, da mesma maneira que o voto de isolamento priva o ser humano das relações sociais que lhe podem fornecer as ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso.

BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

















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