O uso dos
bens da Terra é um direito de todos os seres humanos, porque é a consequência
da necessidade de viver. Deus não pode impor um dever sem conceder os
meios de ser cumprido
Deus fez
atrativos os gozos dos bens materiais aos ser humano para instiga-lo ao cumprimento da sua missão e
também para o provar na tentação.
O objetivo
dessa tentação é para desenvolver
a razão que deve preservá-lo dos excessos.
Comentário
de Kardec: Se o ser humano não fosse
instigado ao uso dos bens da Terra senão em vista de sua utilidade, sua
indiferença poderia ter comprometido a harmonia do Universo. Deus lhe dá o
atrativo do prazer que o solicita a realização dos desígnios da Providência.
Mas, por meio desse mesmo atrativo, Deus quis prova-lo também pela tentação,
que o arrasta ao abuso, do qual a sua razão deve livrá-lo.
Os gozos
têm limites traçados pela Natureza para mostrar
o termo do necessário; mas pelos excessos o ser humano chega até o
aborrecimento e com isso se puni a eles mesmos.
0 ser humano que procura nos excessos de toda
espécie um refinamento dos seus gozos, é considerado como pobre criatura que devemos lastimar e não invejar,
porque está bem próxima da morte!
É da morte física e da morte moral que ele se
aproxima
Comentário
de Kardec: O ser humano que
procura, nos excessos de toda espécie um refinamento dos gozos coloca-se abaixo
dos animais, porque estes sabem limitar-se à satisfação de suas necessidades.
Ele abdica da razão que Deus lhe deu para guia e quanto maiores forem os seus excessos
maiores é o império que concedeu a sua natureza animal sobre a espiritual. As
doenças, a decadência, a própria morte, que são a consequência do abuso, são
também a punição da transgressão da lei de Deus.
BIBLIOGRAFIA: O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
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